As lembranças do meu pai.

                Às vezes me pego pensando em fatos que marcaram minha vida, fatos como o primeiro beijo, o primeiro animal de estimação e naquela professora que nunca esquecerei.

           Mas essa noite, quando eu terminava de fazer minha leitura, peguei-me pensando em algo que nunca havia me recordado antes. Essa lembrança deve-se aos momentos felizes que tive com o meu pai.

            Ele, mesmo com aquele ar profundo,  severo e com aquela má expressão que sempre o acompanhava, tinha um moleque esbanjando alegria e ternura por onde passava.

            Estava sempre preocupado com as dívidas e com o meu bem estar, esquecia-se de si próprio.  Aquele homem honesto e trabalhador não se divertia,  não ria e não conversava comigo sobre o seu longo dia de trabalho, acompanhado de cansaço e estresse.

            Lembro-me perfeitamente da vez em que nós brincávamos feito duas  crianças que haviam ganhado doces. Foi na época em que eu me recuperava de um acidente emocional muito forte. E ele estava lá se divertindo comigo, ambos alegres  e felizes, sem falar que nos olhos dele eu percebia que estava preocupando somente com o meu bem  esta, esquecendo-se de si mesmo.

            Hoje eu agradeço a Deus por esse homem estar vivo e com saúde, esse ser maravilhoso é a minha fonte de inspiração e vida. Essa pessoa a qual me refiro se chama Tadeu Nascimento e ele é o meu amado PAI.       

           Quando temos alguém ao nosso lado e não valorizamos,  torna-se  para nós PERDA,  pois quando possuímos e não nos damos o seu devido valor, no futuro sentiremos falta. Assim é com os nossos pais, amigos e família. Se não valorizarmos, torna –se  SAUDADE.                                        Autor: Thiago Carneiro